Obsession - 2

Acordei com barulhos de trovões, levantei rapidamente e fechei a janela que se encontrava aberta, porém antes bateu um vento forte me fazendo arrepiar, a fechei e fui até o closet pegando uma jaqueta comprida mesmo, a fechei e sai de meu quarto, ao chegar na cozinha achei um bilhete em cima do balcão, o peguei e nele dizia:

" Senhorita, seu pai nos deu folga por todo o mês, por isso quando estiver lendo isso já não estaremos mais ai, se cuide e tente não por fogo na casa, qualquer coisa ligue

By: Rose"

Revirei o olho jogando o mesmo no lixo e fui fechar a casa que estava toda aberta, quando subia as descia as escadas para fechar a pequena janela que tinha no porão ouvi um estrondo de um raio me fazendo gritar assustada, desci rapidamente e assim a fechei ligando a luz, fitei todo o porão e havia milhares de caixas, por incrivel que pareça, de toda a minha vida que moro aqui, nunca havia descido, só uma vez para pegar uma boneca que Rose pensará que estava velha e havia guardado aqui, mas isso foi aos meus 5 anos. Caminhei até uma das caixas que estava bem sujá do pó, nela havia escrito "Anabelle" , era o nome de minha mãe, como não sou nada curiosa a peguei e a coloquei no chão, me ajoelhei e a abri, havia varias coisas, e ambas eram cartas, abri uma delas e parecia uma carte de desculpa, comecei a abrir as outras e o mesmo porém não dei importância, peguei um porta retrato e nela havia a foto de uma mulher, era ela, minha mãe, lagrimas já escorriam pelas maçãs de meu rosto, eu só havia visto uma foto dela, e era uma que eu havia roubado do escritório de meu pai, na realidade, meu pai nunca me disse sobre ela, nada, só sabia algumas coisas dela por conta que minha avó tinha me contado mas fora isso. Mordi os labios deixando mais e mais as lagrimas escorrerem, tinha várias fotos dela, algumas ela com o papai, dela com outros homens que deveriam ser os tais irmãos dela, e ambas ela sorria, um sorriso lindo. Estava admirando a beleza dela quando um estrondo e tudo se apagou, levantei rapidamente guardando uma das fotos na caixa e subi para o andar de cima, fui até a cozinha e na primeira gaveta havia uma lanterna, droga, subi para me quarto e fiquei um tempo lá e nada da luz voltar, e quando mal percebi, já estava dormindo.

{....}

Peguei uma meia calça preta, um shorts jeans claro, uma blusa simples de manga média preta, uma botinha de salto preto e por fim uma boina, e adivinha? Também preta. Após me vestir coloquei algumas pulseiras e peguei meu celular descendo as escadas, minha avó já me esperava, sendo por que eu não sabia dirigir, ainda. Os seguranças abriram os portões e ela deu partida, o caminho fomos em silêncio, estava agoniada, não sabia para onde estavamos indo, logo chegamos a um prédio, bem chique por sinal, saimos e logo entramos, ela pediu para eu me esperar sentada em um dos sofás que havia ali e assim fiz,ela falou alo com a mulher da recepção e logo veio até mim.

- onde estamos?- perguntei confusa.

- em uma clinica psicológica- disse ela.

- O QUE?- gritei me levantando rapidamente- vóvó o que eu disse? eu estou bem, que saco- disse irritada.

- desculpe- disse ela.

- eu não sou louca, eu estou bem- disse alto- eu vou embora- disse porém ela me segurou.

- Sn, por favor- disse ela.

Quando ia responder uma senhora veio até nos.

- Sn Anastácia? Doutor Bieber está lhe esperando- disse ela.

- Sn  disse minha avó me fitando.- vamos

Ela saiu me arrastando até o elevador e assim subimos, não queria ir, eu queria mesmo é estar em meu quarto, de preferencia, sozinha. Paramos em frente a uma porta grande e branca.

- desculpe mais uma vez, mas é para seu bem- e assim ela saiu me deixando ali,sozinha.

Suspirei e bati na porta, logo um homem a abriu, ele era alto, um pouco loiro, seu cabelo estava arrumado perfeitamente em um topete, usava calça jeans, supras branco, uma camisa gola v azul claro e um cracha escrito " Dr.Bieber" 

- entre- disse a voz rouca e eu apenas entrei sem ao mesmo o cumprimentar- sente-se- disse ele e assim fiz- Bom, sou o Dr, Bieber, irei cuidar do seu caso apartir de agora, já falei com sua avó e bom, o que acha de começarmos me contando um pouco sobre você?- disse ele se sentando e me fitando.

- primeiro que eu não queria estra aqui, segundo que pra que eu contar sobre a merda da minha vida? e terceiro, eu estou bem- disse e loco percebi o que havia falado.- eu estou bem- repeti.

- olha, já tratei pessoas que falavam o mesmo e no final descobriram que tinham algo, isto é sério Sn- disse ele após fitar minha ficha.

Suspirei e o fitei.

- o que quer saber?

- tudo- disse ele em um sorriso vitorioso.

- bom, me chamo ( seu Nome) Anastásia Downey, tenho 16 anos, sou filha do idiota do empresário Robert que só vive na merda da empresa dele em Londres.

- a quanto tempo não vê seu pai?- ele perguntou.

- 2 meses, porém só vi em poucos minutos, a ultima vez que ele passou um tempo comigo foi quando eu tinha 4 anos de idade - disse.

- tem alguma amiga?- perguntou ele.

- uma só, a Bruna- disse.

- tudo bem, você se alimenta bem? Dorme bem?- perguntou ele.

- dormir durmo até demais- disse e ri fraco o fazendo rir também.- só como quando estou com fome, as vezes passo horas sem comer- disse.

- ok- disse ele anotando como desde a primeira palavra que disse.- sua avó disse que se machuca direto, é verdade?- ele perguntou me fazendo abaixar a cabeça suspirando.- o que foi?- perguntou ele.

- eu não me machuco sem querer- disse e o fitei.

- posso?- perguntou ele pondo suas mãos sobre meu braço e eu apenas assenti.

Ele tirou aquelas pulseiras as deixando em cima de uma mesinha que havia ali e levantou minhas mangas, ele passou a mão sobre as cicatrizes e disse.

- a quanto tempo faz isso?- ele perguntou agora pegando o outro braço e o fitando.

- 5 anos- respondi suspirando novamente.

- quando começou?- ele perguntou.

- meu aniversário de 10 anos, estava esperando ele o dia inteiro, mas nada, nada dele aparecer muito menos ligar, já de noite soube que ele estava com uma mulher em Miami se divertindo em um hotel e então fui para meu quarto, chorei a madrugada inteira, quando fui no banheiro lavar o rosto vi a gilete na minha frente e não pensei duas vezes.

- qual a frequencia que faz isso?

- foi em mês em mês, depois diminuiu para semanas, depois para dias e quando percebi era toda hora que batia a dor eu ia lá e fazia.- disse ainda de cabeça baixa.

- quando tempo não faz mais?- perguntou.

- 5 semanas- respondi.- meu record.

- tudo bem- disse ele e respirou fundo- não é o primeiro caso de auto-mutilação, olha, quando se sentir com medo, triste, com vontade de se cortar ligue para sua amiga e converse com ela, ou com qualquer pessoa, tente se ocupar, coma, durma, assiste tv, você quem decide apenas ocupe sua cabeça com algo, vou querer conversar com sua amiga  e com sua avó novamente- disse ele me fazendo o fitar rapidamente.

- NÃO, não, não fala com elas, não conta nada, por favor- disse.

- é a unica forma de te ajudar- disse ele.

- não, não é, elas iram brigar comigo por que eu pareço ser forte mas eu não sou, eu sou só um ser humano 

Disse e assim comecei a chorar, ele apenas levantou se abaixando em minha altura e me abraçou, não sei por que, mas me senti segura naquele abraço, senti um choque passar sobre meu corpo,uma coisa totalmente diferente.



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